Confira a seleção com os produtos mais comuns da festividade e a porcentagem de sua carga tributária

“Mas que calor, ô ô ô”, ”Oh abre alas que eu quero passar”, “Ei, você aí, me dá um dinheiro aí’…. Essas e tantas outras marchinhas embalararam os dias de carnaval. E haja água, cachaça, refrigerante e cerveja para acompanhar o ritmo dos foliões.

Todavia, essa matéria tem o objetivo de mostrar os impactos da  elevada carga tributária brasileira nos itens mais consumidos durante a Folia de Momo.

Com base em dados do Impostômetro, mostra que a carga tributária de produtos largamente consumidos no Carnaval pode superar os 80%. Esse é o caso da cachaça, bebida que tem embutido em seu preço 81,9% de tributos.

O Brasil faz parte do grupo daqueles que mais arrecadam impostos e dão piores retornos em serviços públicos para a sua população.

De modo geral, as bebidas alcoólicas, que crescem em venda nesta época do ano, são bastante tributadas. Mas o peso dos impostos afeta outros itens típicos do Carnaval como tecidos para as fantasias como para as máscaras de plástico.

Durante o período, diversos foliões ficarão frente a frente com os tributos do carnaval. Confira a carga tributária dos principais itens consumidos no evento. As informações são do site impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Dessa forma, confira na tabela o percentual de tributos embutidos nos preços de itens típicos de carnaval:

Para os legisladores, os produtos consumidos no carnaval fazem mal à saúde ou são supérfluos, justificando a alta tributação, afirma o presidente executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), João Eloi Olenike.

“Também devemos no atentar para a realidade de que no Brasil, a tributação é muito concentrada no consumo, o que acaba elevando os preços para o consumidor final e, muitas vezes, impede que este consuma mais e melhor”, complementa Olenike.

Pegar um avião para tentar fugir do Leão também não funciona. As passagens aéreas apresentaram aumento, passando de 9,25% em 2019 para 22,32% neste ano. O IBGE registrou uma queda de 15,22% nos preços das passagens em janeiro de 2024, após fechar 2023 com alta de 25,48%.

Os empresários e consumidores esperavam que a reforma tributária, aprovada no Congresso em dezembro de 2023, resolvesse essa e outras distorções nos impostos sobre os bens de consumo. Porém, a reforma ainda está sendo regulamentada e não há solução à vista. Assim, independente das vaias, o Leão deverá seguir desfilando no carnaval.

Fonte: por Chico Stefanelli para Forbes e por Ana Luiza Rodrigues para Rede Jornal Contábil.

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